Empréstimo do Auxílio Brasil será liberado entre os dias 10 e 15 de outubro
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (6) uma nova rodada de sua campanha de renegociação de dívidas batizada de Você no Azul. O programa oferece descontos de até 90% para pessoas e empresas que tenham débitos com o banco.
Embora já exista desde 2019, a campanha está sendo retomada em meio à corrida pelo segundo turno das eleições e foi antecipada como uma novidade pelo candidato Jair Bolsonaro (PL), dias após seu concorrente à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incorporar proposta de Ciro Gomes (PDT) para lidar com os endividados.
Segundo a Caixa, cerca de 4 milhões de clientes e 400 mil empresas têm dívidas em atraso com a instituição e poderão renegociá-las. Na maioria dos casos, o débito não ultrapassa os R$ 5.000 e mais de 80% dos clientes poderão liquidar o que devem por menos de R$ 1.000, segundo o banco.
A expectativa é que o banco recupere até R$ 1 bilhão em dívidas em atraso até o fim do ano —valores que já eram lançados como prejuízo no balanço.
Todas as modalidades de dívidas podem ser renegociadas no programa, exceto contratos de habitação e agrícolas. Não há limitação de valor.
Segundo o banco, a maior parte das dívidas vem do cartão de crédito de pessoas físicas. A ideia é estimular o pagamento à vista, oferecendo descontos de até 90% sob o valor total em atraso.
EMPRÉSTIMO DO AUXÍLIO BRASIL SERÁ LIBERADO ENTRE 10 E 15 DE OUTUBRO
A Caixa também pretende incentivar que as pessoas renegociem suas dívidas à vista usando recursos do empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Segundo a presidente da Caixa, Daniella Marques, o empréstimo deve estar disponível entre os dias 10 e 15 de outubro.
A ideia, segundo a presidente da estatal, é que os clientes troquem uma dívida mais cara por uma mais barata. Segundo ela, a instituição está trabalhando com as agências para instruir os clientes. “A hora que estiver disponível o consignado, vai ser uma oportunidade grande não só para empreender, mas para renegociar e substituir uma dívida pela outra”, disse.